Os EUA substituem a China como o maior centro de mineração de Bitcoin do mundo! O governo apoia fortemente os mineiros a construir suas próprias usinas de energia?

O mapa geográfico da mineração de Bitcoin global está passando por uma profunda transformação. O padrão de poder de computação, que anteriormente era dominado pela China, agora sofreu uma reviravolta dramática. De acordo com os dados mais recentes de instituições de pesquisa respeitáveis e as declarações de altos funcionários do governo dos Estados Unidos, os EUA não apenas substituíram a China como o maior centro de mineração de Bitcoin do mundo, mas seu governo também demonstrou uma postura proativa sem precedentes, planejando uma série de medidas para consolidar e expandir essa posição de liderança, podendo até envolver a assistência a mineiros para resolver o ponto crítico da energia. A grande migração do poder de computação sob a proibição da China

O relatório de pesquisa recentemente publicado pelo Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge (Cambridge Centre for Alternative Finance, CCAF) fornece evidências contundentes da posição dominante dos Estados Unidos no campo da mineração de Bitcoin global. A pesquisa, baseada em uma investigação de 49 grandes empresas de mineração (que juntas representam quase metade do poder de computação da rede Bitcoin), chega a uma conclusão notável: os Estados Unidos atualmente controlam até 75,4% da taxa de hash (Hashing Power) do Bitcoin global. O relatório aponta que os Estados Unidos já consolidaram sua posição como o maior centro de mineração do mundo (representando 75,4% das atividades relatadas). Com base na capacidade total de computação global de aproximadamente 796EH/s na época, isso significa que apenas os Estados Unidos contribuíram com cerca de 600EH/s de poder de computação. Mesmo considerando as possíveis diferenças nas metodologias estatísticas, outras estimativas também mostram que a participação dos Estados Unidos na capacidade de computação é de pelo menos 50%, o que sem dúvida confirma a posição central dos EUA na indústria global de mineração de Bitcoin. A rápida ascensão dos Estados Unidos como o principal dominador global da Mineração está intimamente ligada às severas medidas adotadas pelo governo chinês em 2021. Antes disso, a China era o centro absoluto da mineração de Bitcoin, dominando 65-75% do total da rede Bitcoin em 2019. No entanto, em junho de 2021, o governo chinês proibiu totalmente as atividades de mineração de Bitcoin no país. Essa proibição levou a uma grande redistribuição do poder de computação global. Muitos dos mineiros que operavam na China foram forçados a fechar ou buscar alternativas no exterior, enquanto os Estados Unidos, especialmente aqueles estados com energia barata e abundante (como gás e energias renováveis no Texas) e políticas regulatórias relativamente amigáveis, tornaram-se os principais destinos. Essa migração de poder de computação, embora tenha causado uma queda acentuada no poder de computação da rede Bitcoin e uma correção de cerca de 50% no mercado, também provou a resiliência da rede Bitcoin - o poder de computação rapidamente se redistribuiu globalmente e se recuperou, preparando o caminho para uma recuperação de 130% no preço até o final do ano. Objetivo dos EUA: "Superpotência do Bitcoin"

Ao contrário da atitude relativamente vaga e até duvidosa do governo anterior em relação ao Bitcoin, o novo governo dos Estados Unidos, especialmente representado pelo presidente Trump e pelo secretário de Comércio Howard Lutnick, demonstra uma clara posição pró-Bitcoin e vê-o como uma oportunidade estratégica para os EUA consolidarem sua liderança econômica e tecnológica. Recentemente, em uma entrevista, Lutnik detalhou a visão do governo Trump de transformar os Estados Unidos em uma "superpotência do Bitcoin". Ele vê o Bitcoin como uma mercadoria, e não como uma moeda. Ele enfatiza a escassez do Bitcoin, que tem um supply fixo de 21 milhões de unidades, acreditando que essa raridade intrínseca o torna um meio de armazenamento de valor na era digital, devendo ser tratado como o ouro e o petróleo, gozando de liberdade e legitimidade nas transações. Ele criticou a visão equivocada dos governos anteriores de considerar o Bitcoin como um ativo duvidoso, e afirmou que os Estados Unidos só se tornarão mais proativos em abraçar o Bitcoin no futuro. Lutnik revelou que ele e David Sacks, nomeado como o czar da IA e criptomoeda, eram defensores do Bitcoin antes de entrarem para o governo. Eles impulsionaram conjuntamente Trump a cumprir suas promessas de campanha, estabelecendo rapidamente a "Reserva Estratégica de Bitcoin" (Bitcoin Strategic Reserve), fazendo com que o governo dos Estados Unidos começasse oficialmente a deter Bitcoin como um ativo de nível nacional. Embora os detalhes específicos sobre a escala da reserva, quem a guardará, ainda não tenham sido divulgados e precisem aguardar um comunicado unificado da Casa Branca, essa iniciativa por si só já é um marco significativo. Vale a pena notar que, para a indústria de mineração de Bitcoin, os custos de energia e a estabilidade do fornecimento são sempre os desafios centrais. Para abordar essa questão, Lutnick anunciou que o Departamento de Comércio dos EUA lançará um programa chamado "Investment Accelerator", com o objetivo de "turboalimentar" a indústria de mineração dos EUA. O conteúdo central do plano é: para as empresas dispostas a investir em grande escala nos Estados Unidos (mais de 1 bilhão de dólares), o governo irá oferecer "serviços de luva branca", ou seja, assistência de balcão único, ajudando as empresas a completar rapidamente e sem problemas vários processos administrativos complexos, eliminando obstáculos ao investimento. Lutnik usa os mineiros de Bitcoin como exemplo para descrever as aplicações práticas deste plano: “Você pode construir sua própria usina elétrica ao lado do (centro de dados), imagine isso.” Isso significa que, no futuro, os mineiros de Bitcoin nos Estados Unidos não estarão mais totalmente dependentes da rede elétrica pública existente. Com a ajuda do programa "acelerador de investimentos", eles poderão obter permissões com mais facilidade para construir suas pequenas usinas elétricas off-grid diretamente em locais de produção de energia (por exemplo, ao lado de campos de gás natural). Os mineiros podem realizar "auto-geração de energia e auto-mineração", controlando os custos de energia desde a fonte, reduzindo a dependência das flutuações da rede elétrica e alcançando verdadeiramente a autonomia energética. Isso tem um significado importante para aumentar a competitividade e a estabilidade da indústria de mineração nos Estados Unidos. Embora Lutnik não tenha mencionado explicitamente que o governo irá "investir diretamente" na construção de usinas, fornecer assistência eficiente na aprovação e eliminar obstáculos administrativos já é um apoio governamental de grande valor. A centralização é uma nova preocupação? O apoio ativo do governo dos Estados Unidos trouxe, sem dúvida, enormes oportunidades de desenvolvimento para a indústria do Bitcoin, mas também levantou uma preocupação potencial: a centralização geográfica excessiva pode trazer novos riscos? Historicamente, quando a China detinha de 65 a 75% do poder de computação global, a comunidade do Bitcoin sempre teve preocupações sobre um potencial "ataque de 51%" ou intervenção do governo, embora essa situação nunca tenha realmente ocorrido. Hoje, a participação do poder de computação dos EUA alcançou níveis comparáveis, ou até superiores, aos daquela época na China (75,4%), será que riscos semelhantes podem surgir novamente? Embora o atual governo Trump seja extremamente amigável em relação ao Bitcoin, a direção política pode mudar. Se um futuro governo dos EUA adotar uma postura hostil em relação ao Bitcoin, o alto poder de computação centralizado pode se tornar uma alavanca para tentar controlar ou interferir na rede Bitcoin. Ao contrário da proibição direta da China, um governo dos EUA hostil pode não proibir completamente a mineração, mas tentará, através de regulamentação e ordens executivas (como utilizar o poder de sanção), revisar transações, influenciar atualizações de protocolo ou manipular a rede de outras formas, e a centralização do poder de computação sem dúvida amplificará essa ameaça. Assim, a indústria do Bitcoin está em uma encruzilhada crítica: deve buscar uma distribuição global mais ampla do poder de computação para aumentar a resiliência, ou deve aproveitar os benefícios da política americana para um rápido desenvolvimento? A resposta pode não ser um ou outro. Enquanto desfruta das oportunidades de desenvolvimento proporcionadas pelos Estados Unidos, a comunidade Bitcoin precisa continuar a promover a filosofia de descentralização, impulsionar a inovação tecnológica para resistir a possíveis censuras e promover um reconhecimento e adoção mais amplos em todo o mundo, integrando-se profundamente no sistema econômico, aumentando os custos e a dificuldade de qualquer ataque governamental à rede. Em resumo, é um fato indiscutível que os Estados Unidos substituíram a China como o centro global de mineração de Bitcoin. A visão descrita por Lutnik está se desenrolando, e os crentes do Bitcoin devem garantir a resiliência dessa moeda soberana, independentemente de quem detém o poder. A história do Bitcoin nos Estados Unidos acaba de entrar em um novo capítulo cheio de variáveis.

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